tag:blogger.com,1999:blog-4668870679647079482024-03-21T18:10:59.379-07:00 . raped and beaten wordsdeixa-me perder, só mais um bocadinho.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/06302397852065886329noreply@blogger.comBlogger115125tag:blogger.com,1999:blog-466887067964707948.post-9759880405676125832018-02-28T11:14:00.002-08:002018-02-28T11:14:42.380-08:00<b>Eu já nem sei se te quero. Eu já nem sei se fui ou se sou, se estou. Se vou por mim. Sinto-me afogada no mar que és gostares de mim. No seres tu em tudo. Nas paredes da casa, no meu olhar melancólico, no soprar do vento forte, no cheiro a lareira acesa, no sol que ilumina as ondas, no cantar dos pássaros em plena primavera. Eu podia dizer que não quero mais. Eu já nem sei se te quero. Eu podia dizer que desisto. Eu já nem sei porque insisto. Pelo quê. Para quê.</b><br />
<b>Se espero aquilo que nem sei esperar, qual é o propósito? Tu continuas impávido e sereno, à espera de uma palavra, de um gesto. De um gesto teu também, porque já não mo sabes dar. Porque tudo o que fizeste foi dar e já nem sabes o que tens. Não mo transmites mas desesperas. E é isso que me irrita. Que não transmitas. Que não saibas. Que não digas. Quiçá eu soubesse então se te quero. Porque mostravas e não mostras mais, porque eras aquilo que não és mais. E eu não sou a mesma. Porque conheci os teus devaneios e sei que não gostam dos meus. Porque conheci a tua natureza e sei que não és feito do mesmo material que eu. Não és composto pelos meus medos, nem anseios. Muito menos desejos. Nem sonhos, nem amores, nem ilusões. Não sabes do que sou feita porque não sabes o que és. E por isso continuas aí, impávido e sereno, na mesma, à espera que o tempo passe, que traga aquilo que não queres, ou queres, ou devias querer. E eu continuo a querer que o tempo não venha, porque sei que vai trazer aquilo que quero, ou não quero, ou devia não querer. O destino juntou duas linhas que se perderam no tempo e no espaço, que não se encontram nem se enleiam. Que deram laços que se desataram e agora só lhes resta os nós. E nós. E nós sem saber o que fazer. Porque sabemos o que queremos sem saber como lá chegar. Porque tu não calças os meus sapatos e eu não quero fazer o teu caminho. Somos crentes em crenças que não crêem em nós, nos dois. Se ao menos as coisas fossem tão fáceis quanto as palavras. Eu diria que não te quero apesar de te querer. Eu diria que desisto apesar de, cá dentro, bem fundo da minha alma, eu saber que nunca vou parar de insistir em ter-te na minha vida. Porque parece certo. Pareces demasiado certo. E talvez por isso é que eu não sei se te quero. Porque eu não sou, porque tu sabes que eu não sou. E mesmo assim continuas impávido e sereno, como se conseguisses caminhar comigo ao colo, se conseguisses levar toda a minha bagagem sem te doerem as costas. Tu sabes que já começam a doer. Tu sabes que não sabes se consegues. E eu sei que não consegues. E então espero por um bocadinho de tempo, até que tu me digas que não consegues, para eu saber se tento ir pelo meu pé, se levo a minha bagagem ou jogo fora. Assim eu sei que não és demasiado certo. Que tens as tuas lacunas e devaneios, que não és feito do mesmo material que eu mas que existes, e que me deixas existir. Neste ponto...</b><br />
<b>deixámo-nos de ser os dois.</b>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/06302397852065886329noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-466887067964707948.post-34302839859236853702017-06-19T14:06:00.001-07:002017-06-19T14:06:30.499-07:00march on. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://68.media.tumblr.com/80ea4a9f426e8da1e99f3abcdce542de/tumblr_na2n2nKnEx1r2g49zo1_500.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://68.media.tumblr.com/80ea4a9f426e8da1e99f3abcdce542de/tumblr_na2n2nKnEx1r2g49zo1_500.gif" data-original-height="235" data-original-width="500" height="299" width="640" /></a></div>
<br />
<br />
Não faz assim tanto tempo que eu ouvi alguém dizer uma grande verdade: “Há uma altura na vida em que tens que abrir mão do selvagem dentro de ti para
manter amigos, empregos e constituir família. Ou podes escolher ser
um louco e viver sozinho. É triste saber que não pude fazer nada. Que, ao longo de todo este tempo, não ganhei o direito de fazer alguma coisa. De me manifestar. De exercer sequer um bocadinho de bom senso nessa tua cabeça dura. É triste quando amigos se tornam inimigos, mas o pior é quando eles se tornam desconhecidos. É triste realidade constatar, que entre ditos amigos, a falta de utilidade da amizade começa com a contínua escassez do que dizer. Fui perdendo as palavras porque já não me conseguias ouvir. Porque, na tua incompreendida maneira de ser, eu é que estava sempre errada. E eu sei, eu sei que irei perder amigos, decepcionar admiradores, ganhar desafetos e críticos, mas pelo menos poderei lavar as minhas mãos e ficar de consciência tranquila de que nunca te falhei. Eu nunca te faltei. E a única coisa que não vou perder é a minha alma. Fiel à minha consciência eu sou fiel àquilo que te chamei um dia. E por mais que todas as terapias do mundo, todas as distrações possíveis, todas as auto-ajudas do universo e todos os amigos experientes do planeta me digam que eu não preciso definitivamente de ti, a minha alma grita aqui dentro que, por mais feliz que eu esteja, a felicidade é sempre pela metade. E sabes que mais? Eu preferia morrer tua amiga do que quebrar algum elo misterioso que nos unia e perder-te para sempre. Perder-te como sempre. Às vezes tenho vontade de te perguntar baixinho se não gostas nem um bocadinho de mim. Um bocadinho que seja. Tu deslumbravas-me sempre. De todas as vezes que eu te via, deslumbravas-me sempre. E no fundo o que me tem consolado ao longo de todo este tempo é o facto de que os amigos não traem nem decepcionam. Na casa da decepção se não dormir um amigo, dorme um irmão. <br />
O mais triste é mesmo quando descobrimos que aqueles que se diziam nossos amigos,
nos esquecem na primeira oportunidade. E justamente quando tinham em
mãos a maior oportunidade de provar sua amizade. A intensidade da decepção é proporcional à amizade, ao afecto, ao amor e
ao carinho que se tem por quem lhe proporcionou tal dor.<br />
(...)<br />
Não há motivos para tristeza no final de uma amizade que nunca existiu de ambos os lados.<br />
<br />
<br />
<br />
<br /><br />
<br />
<br />
<br />
<br /><br />
<br />
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/06302397852065886329noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-466887067964707948.post-32078302718579002472017-05-19T06:23:00.000-07:002017-05-19T06:23:34.235-07:00Eu acho que perdemos muito tempo a pensar no que é que não somos suficientes. No porquê de não sermos bons que chegue. Perdemos muito tempo a pensar demasiado, a analisar demasiado. Perdemos muito tempo a colocar-nos para baixo, tanto que, bem, não percebemos que somos bons que chegue. Que somos suficientes. Passamos tanto tempo com a cabeça em baixo e o coração fechado e nunca aproveitamos a oportunidade de olhar para cima e ver que o sol continua a brilhar e que amanhã é outro dia.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/06302397852065886329noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-466887067964707948.post-86691300114687075142017-02-21T15:13:00.001-08:002017-02-21T15:13:05.852-08:00Comecei a mentir por precaução, e ninguém me avisou do perigo de ser tão
precavida; porque depois nunca mais a mentira foi embora. E tanto
menti que comecei a mentir até a minha própria mentira. E isso - já
atordoada eu sentia - isso era dizer a verdade. Até que decaí tanto que a mentira que eu dizia era crua, simples, curta: eu dizia a verdade bruta.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/06302397852065886329noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-466887067964707948.post-82159354982657580182017-02-07T14:59:00.000-08:002017-02-07T14:59:24.968-08:00Essas pessoas acham que eu nunca tentei, ou se tentei, não fui o
suficiente, tudo bem. Posso não ter sido, mas se houve risos e
momentos felizes, houve felicidade? Pois é, e eu fico perdida nesse mar
de dúvidas, e até de solidão, seria mentira dizer que ao colocar a
cabeça na almofada não és tu que me à mente.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/06302397852065886329noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-466887067964707948.post-22978815252820759812016-12-21T14:01:00.004-08:002016-12-21T14:01:32.025-08:00Quero esta trilogia. Por favor.<h1>
<i>“But life has plans for all people. Even if those plans separate us
from the ones we love. No matter where my life takes me or yours takes
you, I will love you whether there are a thousand miles between us or
none at all.”</i></h1>
— Courtney Peppernell II Pillow Thoughts<br />
<br />
<br />
<h1>
<i>“If I were to build a house<br />
I’d have your arms as the walls<br />
Your eyes as the windows<br />
Your smile as the front door<br />
Your heart as the fireplace<br />
And your soul as my light<br />
And in this house <br />
I’d place my faith<br />
Knowing I’d finally <br />
found a home”</i></h1>
— Courtney Peppernell II Pillow Thoughts<br />
<br />
<h1>
<i>“We were in the grocery store. You wanted ice cream even though it
was cold out. You couldn’t decide which flavour and I was teasing you
able being so indecisive sometimes. I suggested we just buy every
flavour in the store and you laughed. It was the kind of laugh I could
listen to for the rest of my life. You said I was silly and you kissed
me, pressed against me so I could feel how cold the top of your nose
was. You were only in sweats, hair so messy from being in bed all
afternoon. And in that moment I knew I loved you more than anyone else I
had ever loved. In that moment I know you were my once in a lifetime.
And yet all we were doing was looking for ice cream.”</i></h1>
— Looking for Ice Cream | Courtney Peppernell, Pillow Thoughts.<br />
<br />
<h1>
<i>“I don’t remember what time it was but it was late and she had
fallen asleep, exhausted from the day. I had curled into her, pressed my
face into the curve of her neck and she smelt the way she always does;
of sweetness and flowers and all the beautiful things in life. I felt
her pulse against my lips, as they rested there, connected to each beat
as it found its way through her body. And I remember thinking it was so
strange at first, to feel her pulse against my lips because it was so
loud, and it drowned out any other feeling in that moment. It was just
the beat of her heart and my lips. Then I started to think about this
life that I had crawled up next to, and how important it was in my own
life. And then I thought about the woman this life belonged to; with her
scent of flowers and her pulse beating against my lips and I realised
just how much I loved this woman and how much I valued her life and our
life together. So I promised that my lips would speak only kindness to
her, that they wouldn’t dare kiss anyone else, and if anybody ever hurt
her, then my lips would comfort her. It was late and I felt her pulse
against my lips and it reminded me of how much I loved the woman the
pulse belonged to.”</i></h1>
— P U L S E<br />
<br />
<h1>
<i>“We all want that. When you feel you have a purpose in someone’s
life. Even if that purpose is to make toasted sandwiches on a Friday
night or listen when she talks about her day. When you are holding her
because she’s sad and you can feel yourself hugging the sadness away,
and there is nothing that will make you move or turn around until the
tears are dry and she says she’s okay. You go to sleep thinking that if
tomorrow comes and you cannot kiss her, every other kiss wasn’t enough.
Each day the curve of her lips and the way her hair falls down her back
makes you wonder if there is anything more beautiful. And then you are
reminded of all the small details; like both your toothbrushes sitting
side by side on the basin, walking the dog as the day is fading away and
dreaming about the things we forget as we grow older. And you feel at
peace, because there is nothing more out there. Even though the world
will try to convince you that the grass is always greener you know deep
in your heart that it is already green over here. You see it every day,
in her.”</i></h1>
— <b>we all want that</b> <br />
<br />
<br />
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/06302397852065886329noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-466887067964707948.post-31110143797249115572016-12-03T17:25:00.001-08:002016-12-03T17:25:45.784-08:00Orangetree<span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1oT4Dzw8EqVeeBGmKyq9jkc59xxv6bMlaRloL7j2hRL7EUJIiaczO1FVz-FFu9vVLxIDides0jl3exYsb_ViXBQsa1UKppnghMWG3cvREXH6kvQiiX2DD6cGvFCipR9U-YpqyZGz2f92A/s640/blogger-image--352835731.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1oT4Dzw8EqVeeBGmKyq9jkc59xxv6bMlaRloL7j2hRL7EUJIiaczO1FVz-FFu9vVLxIDides0jl3exYsb_ViXBQsa1UKppnghMWG3cvREXH6kvQiiX2DD6cGvFCipR9U-YpqyZGz2f92A/s640/blogger-image--352835731.jpg"></a></div><div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br></span></div><div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br></span></div>Fizeram-nos acreditar que o amor mesmo, aquele amor verdadeiro, só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos. Não nos contaram que o amor não é racionado nem chega com hora marcada.<br style="box-sizing: border-box;"><br style="box-sizing: border-box;">Fizeram-nos acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade. Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém na nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: nós crescemos através de nós mesmos. Se estivermos em boa companhia, é só mais rápido.<br style="box-sizing: border-box;"><br style="box-sizing: border-box;">Fizeram-nos acreditar numa fórmula chamada "dois em um", duas pessoas que pensam igual, agem igual, que isso era que funcionava. Não nos contaram que isso tem nome: anulação. Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável.<br style="box-sizing: border-box;"><br style="box-sizing: border-box;">Fizeram-nos acreditar que o casamento é obrigatório e que desejos fora de hora devem ser reprimidos. Fizeram-nos acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os que têm pouca libido são para serem postos de lado, que os que têm muito não são confiáveis, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto. Ninguém nos disse que chinelos velhos também têm o seu valor, já que não nos aleijam, e que existem mais cabeças tortas do que pés.<br style="box-sizing: border-box;"><br style="box-sizing: border-box;">Fizeram-nos acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade. Não nos contaram que estas fórmulas são erradas, </span><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0); font-family: 'Helvetica Neue Light', HelveticaNeue-Light, helvetica, arial, sans-serif;">frustram as pessoas, são alienantes, e que poderíamos tentar outras alternativas menos convencionais.</span><div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br></span></div><div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Luto por um mundo onde não se acredite na metade da laranja</span></div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Voto por um mundo de seres mais conscientes, mais realistas; um mundo mais atual e menos fantasioso.<br style="box-sizing: border-box;">Sonho em viver num mundo onde ao me relacionar com alguém, ele não me delegue a responsabilidade de o fazer feliz.<br style="box-sizing: border-box;">Porque a metade de ti não existe, tu já nasceste completo.<br style="box-sizing: border-box;">Que sejamos felizes sozinhos, de forma individual. Que o outro seja apenas a pessoa com quem gostas de caminhar, e não as tuas </span><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">muletas.</span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/06302397852065886329noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-466887067964707948.post-64621077016043560582016-10-09T15:14:00.000-07:002016-10-09T15:14:24.371-07:00This rain.<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img border="0" src="http://27.media.tumblr.com/tumblr_lmn3grjykp1qkv2hio1_500.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>“I don't want to be alone, I want to be left alone.”</i></td></tr>
</tbody></table>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
Os grandes amores são assim mesmo, dão-nos o caminho da emoção, mas
os sentimentos de verdade são apenas nossos, ninguém copia, ninguém
leva, ninguém divide. E eu sinto falta da perdição involuntária que era congelar na tua presença
tão insignificante. Era a vida a mostrar-se mais poderosa do que eu e
minhas listas onde anoto o certo e errado. Era a natureza a provar-me ser mais
óbvia do que todas as minhas crenças. Não mandava no que sentia por ti, não aceitava, não queria e, ainda assim, era inundada
diariamente por uma vida trezentas vezes maior que a minha. Eu amava-te
por causa da vida e não por minha causa. E isso era lindo. Tu eras
lindo. Simplesmente isso. Tu, uma pessoa sem poesia, sem dor, sem assunto
para aguentar o silêncio, sem alma para aguentar apenas a nossa
presença, sem tempo para que o tempo parasse. Tu, a pessoa que eu
ainda vejo a passar no corredor e a levar-me embora, responsável por
todas as minhas manhãs sem esperança, noites sem aconchego, tardes sem
beleza.<br />Sinto falta de quando a imensa distância ainda me deixava ver-te
do outro lado da rua, a passar apressado com teus ombros perfeitos.
Sinto falta de me lembrar que tu vias tanto, que preferias fingir que não
vias nada. Sinto falta da tua tristeza, disfarçada em arrogância, de não prestares atenção, de não teres nem amor, nem vida, nem paciência, nem músculos, nem
medo, nem alma suficientes para me prender.<br />
Prometi não tentar entender e apenas sentir, sentir mais uma vez, sentir
apenas a falta de tocar na tua pele lisa, nos teus lábios, sinto falta do mistério que era amar a
última pessoa do mundo que eu amaria.<br />
Tenho um milhão de motivos para fugir de pensar em ti, mas em todos
esses sítios tu vais comigo. Seguras a minha mão na hora de
atravessar a rua, olhas-me triste quando eu olho para o telemóvel pela
milésima vez, sentes orgulho de mim quando solto uma gargalhada e viras a cara se algum homem vem falar comigo. Preferes não
ver, mas eu vejo-te o tempo todo.<br />
Acho normal. Acho perfeitamente normal lembrar com carinho e saudade o facto de que tu arranjavas sempre maneira de me mandar mensagens em datas festivas. Estivesses tu casado ou a namorar ou preso num templo budista, arranjavas sempre maneira.
Era como se dissesses, sem dizer “eu sei que já passou muito tempo, mas ainda te amo”.<br />
<br />
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/06302397852065886329noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-466887067964707948.post-15184710424239290732016-10-09T14:43:00.004-07:002016-10-09T14:43:59.303-07:00és<i>Há uma coisa arbitrária que eu tenho para te dizer: tu tens o meu tipo preferido de beleza, que é a beleza que surge da felicidade profunda. É isso que eu vejo quando olho para as tuas fotografias; penso sempre "uau, que pessoa feliz!" e é isso que nos torna mesmo bonitos. A minha boca ainda não se calou desde que tu a beijaste. A ideia de que poderás, eventualmente, beijá-la novamente ficou presa no meu cérebro, que ainda não parou de pensar em ti desde que, bem, antes de qualquer beijo. E agora a prospetiva desses beijos parece atingir-me como um furacão quando sobes as escadas e páras num degrau para olhar para mim. Certas pessoas são assim, um olhar meigo, uma maneira doce de ser, uma
beleza indescritível, gestos, modos, falar, pensar e agir. Que nos vão
cativando, conquistando, e quando damos por nós, estamos ali, a admirar, sem nada
a dizer, para alguém que é belo, pelo simples
facto de existir. </i>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/06302397852065886329noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-466887067964707948.post-6117502170753308802016-09-07T15:01:00.000-07:002016-09-07T15:01:07.949-07:00Oceans<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="color: black;">Com o tempo, quanto mais madura e segura de mim mesma me tornei, mais
verifiquei que eu há poucos anos atrás ainda fazia parte de um grupo
mundial de pessoas cujo coração acredita no bem dos outros sem sequer
pestanejar. </span></span><br />
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="color: black;">
</span></span><span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="color: black;"></span><span style="color: black;">Eu acreditava piamente que as pessoas tinham o direito de errar
sempre, porque eram humanas. Eu acreditava que se amasse alguém, isso
bastaria para que a pessoa nunca me desiludisse. Achava que o meu amor
por essa pessoa bastaria para que a pessoa, ciente do meu amor, se
acautelasse com as suas acções. Note-se que eu raramente amei pessoas
(amigos, família). Amor é um sentimento para mim muito raro. Tão raro
que as pessoas que amei ou amo contam-se pelos dedos de uma mão. Eu
posso gostar das pessoas. Mas amá-las, isso é uma história completamente
diferente que daria para grandes livros.</span><span style="color: black;"></span><span style="color: black;">
</span></span><br />
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="color: black;"></span><span style="color: black;">Enfim. Acreditava no bem das pessoas. No lado bom. Arranjava
justificações para o seu lado mau. Era devido a algo que correra mal.
Era devido ao mau tempo. Era devido a terem dormido mal. Era devido a
estarem frustradas. Era devido às suas tristezas ou depressão. Era
devido à chuva que naquele dia estava mais forte.</span><span style="color: black;"></span><span style="color: black;">
</span></span><br />
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="color: black;"></span><span style="color: black;">Quanto mais segura de mim me tornei e quanto mais cresci mentalmente,
mais me apercebi de que as pessoas têm o direito de errar, mas que se
alguém errar grandemente connosco, ou mais do que as vezes aceitáveis, o
mínimo que devemos de exigir à nossa própria auto-estima é que as
arrasemos de tal maneira que nunca mais levantam um dedo para nos
incomodarem. </span><span style="color: black;"></span><span style="color: black;">
</span></span><br />
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="color: black;"></span><span style="color: black;">Tornei-me, assim e à custa de muito esforço, uma pessoa tão segura de
si que acredito piamente que isso me trouxe coisas muito boas, como
ter-me protegido contra falsos sentimentalismos, desilusões, frustrações
e pessoas que, dita a boa da verdade (que isto não há nada como a
verdade) não valiam o esforço de as entender, ou desculpar. Também me
trouxe (como tudo na vida tem dois lados) um lado menos positivo, que
foi ter-me tornado pouco sensível a determinados momentos. </span><span style="color: black;"></span><span style="color: black;">
</span></span><br />
<br />
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="color: black;">
</span></span><span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="color: black;">Actualmente, é preciso realmente muito, para me incomodarem. Eu sei
perfeitamente o que quero, como quero e o que tolero que me digam. E se a
pessoa em questão achar por bem ou por graça testar os meus limites e
começar a desconversar ou a não respeitar o que eu digo, pois pode ter a
certeza que sai da conversa mais arrasada do que um animal atropelado
por um camião TIR em alta rodagem. </span></span><br />
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="color: black;">
</span></span><span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="color: black;"></span><span style="color: black;">Uma pessoa já muito sábia e com muitos anos na pele, disse-me, há
dois anos atrás, que nós é que ensinamos aos outros como é que queremos
que nos tratem. Se lhes ensinamos que nos podem tratar mal ou faltar-nos
ao respeito, eles vão fazer exactamente como lhes ensinámos. Se lhes
ensinamos que os amamos <em>no matter what</em>, eles vão testar essa teoria e fazer tudo o que lhes apetecer, porque afinal de contas, nós os amamos <em>no matter what</em>. </span><span style="color: black;"></span><span style="color: black;">
</span></span><br />
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="color: black;"></span><span style="color: black;">Este é só o maior erro da história da humanidade. Gostarmos dos
outros sem restrições ou racionalidade. Cada vez mais acredito que a
racionalidade é um bem essencial às relações humanas. Se só
racionalidade é bom? Não. De maneira nenhuma. Continuo a achar que
podemos amar alguém com todo o nosso coração. Mas tenho a certeza
absoluta de que devemos levar o nosso cérebro connosco. </span></span><br />
<span style="color: black;"></span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/06302397852065886329noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-466887067964707948.post-76876996186547277382016-08-06T06:33:00.001-07:002016-08-06T06:33:14.063-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;">
<img border="0" height="225" src="https://i.ytimg.com/vi/T2ekzsAa76Y/maxresdefault.jpg" width="400" /></div>
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://i.ytimg.com/vi/T2ekzsAa76Y/maxresdefault.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">.</a></div>
<br />
<br />
<span class="text_exposed_show">Há quem chame de coincidência, acaso, destino; há quem diga que certas
coisas estão escritas, que o que tem que acontecer, querendo ou não,
acontece. Prefiro dizer que, não importa se foi um motivo de força
maior, superior, divina, se foi uma mãozinha de Deus, Buda, Alá ou um empurrão das estrelas, cometas, alienígenas, gnomos, fadas,
anjos, o que importa é que o encontro aconteceu. Não um encontro de
olhos, mãos, bocas, braços, mas um encontro de corações cansados. De
procurar sem achar, de achar só o que era descartavelmente vulgar.</span><br />
<span class="text_exposed_show">Então percebi que o amor é um senhor teimoso de braços cruzados, emburrado até conseguir aquilo que quer. Descobri que podes até cruzar o mundo, virar-te do avesso. Mudar os teus gostos, os teus planos. Podes até casar várias vezes. Ter filhos e mudar de cidade. Mas o que tiver que ser teu, sempre será. Não vale a pena chatearmo-nos com o amor. Ele até pode dar um tempo, tréguas,
mas quando escolhe duas vidas, ambas viram bússola uma da outra. Não
se perdem e muito menos se desconectam.</span><br />
<span class="text_exposed_show"><span class="text_exposed_show">O destino, isso a que damos o nome de destino, como todas as coisas
deste mundo, não conhece a linha recta. O nosso grande engano, devido ao
costume que temos de tudo explicar retrospectivamente em função de um
resultado final, portanto conhecido, é imaginar o destino como uma
flecha apontada directamente a um alvo que, por assim dizer, estivesse a sua espera desde o princípio, sem se mover. Ora, pelo contrário, o
destino hesita muitíssimo, tem dúvidas, leva tempo a decidir-se.</span> </span><br />
O que verdadeiramente se passa não é que as coisas acontecem a cada um
segundo determinado destino, mas que cada um interpreta as coisas que
lhe aconteceram, se tem capacidade para tal, dispondo-as em determinado
sentido - o que significa, segundo determinado destino.<br />
<span class="text_exposed_show">Podemos muito bem, se for esse o nosso desejo, vaguear sem destino pelo
vasto mundo do acaso. Que é como quem diz, sem raízes, exactamente da
mesma maneira que a semente alada de certas plantas esvoaça ao sabor da
brisa primaveril.
<br />
E, contudo, não faltará ao mesmo tempo quem negue a existência daquilo a
que se convencionou chamar o destino. O que está feito, feito está, o
que tem se ser tem muita força e por aí fora. Por outras palavras, quer
queiramos quer não, a nossa existência resume-se a uma sucessão de
instantes passageiros aprisionados entre o «tudo» que ficou para trás e o
«nada» que temos pela frente. Decididamente, neste mundo, não há lugar
para as coincidências nem para as probabilidades.
<br />Na verdade, porém, não se pode dizer que entre esses dois pontos de
vista exista uma grande diferença. O que se passa - como, de resto, em
qualquer confronto de opiniões - é o mesmo que sucede com certos pratos
culinários: são conhecidos por nomes diferentes mas, na prática, o
resultado não varia. </span><br />
<span class="text_exposed_show">Se o medo tivesse sido mais
forte do que eu talvez nós não estivéssemos aqui, agora, juntos, unidos,
felizes, achados, encontrados e perdidos no meio de um sentimento que,
até então, eu desconhecia. E, que bom, eu fui valente. E, que bom, a tua
valentia deu um chega pra lá nos pseudo-receios que apareciam e desapareciam pelo meio do caminho. E, que bom, amar-te faz com que tu te ames mais. E, que bom, o teu amor faz com que eu me ame mais. Até que nada nos separe.</span><br />
<br />
<br />
<span class="text_exposed_show"><br /></span>
<br />
<br /><br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/06302397852065886329noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-466887067964707948.post-83285703007230590992016-07-05T10:13:00.001-07:002016-07-05T10:16:57.736-07:00gelo<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<i><a href="https://67.media.tumblr.com/642db6d043aed7dbe169f871992c1e7b/tumblr_n79i7ghODf1qagc6xo1_500.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://67.media.tumblr.com/642db6d043aed7dbe169f871992c1e7b/tumblr_n79i7ghODf1qagc6xo1_500.gif" /></a></i></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Vocês acham que era a altura certa? Eu não acho que era a altura certa.<br /><br />Eles dizem que passa com a idade, mas a idade passa<br />E ainda nada. Nada, e o tempo não suaviza...<br />Ele diz que sou de gelo, mas a verdade é que ainda sinto<br />Todas as queimaduras na pele e nenhuma cicatriza<br />Desculpa! Esgotei as forças a gerir o meu tempo.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Queres dar um tempo? Eu dou-te um tempo:<br />Um minuto para arrumares as tuas coisas e me<br />desapareceres da frente! Estás contente? Isso é óptimo...<br />Só me ajudas a definir a relação do peso amor-ódio.<br />Que se fodam prioridades! Se a vida são dois dias<br />Eu vou dedicar um dia aos beats e outro dia às letras<br />Para poder escrever a melhor música de sempre<br />Sobre como desperdicei a vida a tentar ser diferente<br />Sobre os entes queridos e sobre como os esqueci para ser uma pedra de gelo<br />E, mesmo assim, não consegui sê-lo.<br />Gelo! Invejo o gelo!<br />O processo é lento mas pouco a pouco consigo. Afasta-me! Sem pensar se isso me afecta. Distância só vai mostrar que não era a altura certa.<br />Bate-me! Sem hesitar, por eu ser frágil. Essa dor só vai tornar tudo mais fácil.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Eu sei, eu sei que sou estúpida!<br />Ainda assim, aqui estou eu de novo à tua porta, de<br />coração partido e tudo.<br />Situações extremas exigem medidas desesperadas.<br />Olha para mim a espalhar pétalas de rosa pela casa.<br />Casa comigo, só um minuto. </i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Mas, por favor, esquece e abandona-me antes de eu voltar a estragar tudo.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Porque eu vou! Inevitável. Sou imperadora da solidão no meu palácio de gelo?<br />Caminho sozinha, cumprimento desconhecidos.<br />Como uma mendiga, durmo em jornais à porta de casinos.<br />Tipo, só para estar integrada numa comunidade.<br />Nem que seja comunidade à parte da sociedade, é tranquilo.<br />Admito, não passa de promoção barata. O meu defeito é a minha qualidade: Não sinto nada.<br />E fugir era a última escapatória. Até conseguir escrever um final diferente para esta história, mas até lá...</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Vocês acham que era a altura certa? Eu não acho que era a altura certa.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<i>nerve </i></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/06302397852065886329noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-466887067964707948.post-26755219494125330902016-06-26T16:36:00.001-07:002016-06-26T16:36:47.219-07:00battle cry<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://drnorth.files.wordpress.com/2008/09/vlcsnap-14557.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="300" src="https://drnorth.files.wordpress.com/2008/09/vlcsnap-14557.png" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="color: #444444;"><b>Don’t grieve. Anything you lose comes round in another form.</b></span></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #666666;"><i><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption">Perder alguém não é um acto isolado. É uma sucessão. Perde-se todos os dias. Todas as horas. <br /> Perco-te todos os dias em que tu não estás. Perco-te sempre que me faltas. Perco-te de novo em cada lembrança. P</span></span><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption">erco-te quando não falamos. Quando acordo, encadeada com o sol que
entra pela janela e, ao procurar o meu telemóvel, a esperança morre por querer ler uma
mensagem que não está lá. Eu perco-te nos momentos do entretanto, nas horas de silencio,
onde eu não faço mais senão pensar em ti. Perco-te quando vejo determinados filmes,
quando ouço certas músicas, quando vou a certos lugares que estão
preenchidos com partes tuas e com memórias de como me fazias sentir. E dói tudo como se fosse a primeira vez.</span></span></i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #666666;"><i><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"><span class="text_exposed_show">Eu costumava pensar que não sobreviveria um dia sem o teu sorriso. Sem te dizer qualquer coisa e ouvir a tua voz como resposta. </span></span></span></span></span><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"><span class="text_exposed_show"><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"><span class="text_exposed_show">Depois, esse dia chegou e foi brutalmente difícil, mas o seguinte foi
pior. E soube, com um sentimento profundo, que iria ficar pior e que eu
não estaria bem por longo tempo. </span></span></span></span></span>P</span></span></span></span></span><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"><span class="text_exposed_show">ensava que só podia sentir a tua falta quando estivesse sozinha,
mas isso não é verdade. Eu sinto a tua falta até quando estou rodeada de
pessoas. Porque elas não são tu. Mas tu estás sempre lá... em algum
lado. Não consigo não pensar em ti. <br />
</span></span></span></span></span><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"><span class="text_exposed_show"><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"><span class="text_exposed_show">Porque
perder alguém não é uma ocasião ou um ponto no tempo. Não acontece uma
vez. Acontece uma e outra vez. Eu perco-te todas as vezes que agarro na
tua caneca preferida; sempre que oiço o teu nome na boca de outra pessoa ou quando
descubro a tua t-shirt velha no fundo da pilha de roupa para lavar. Eu perco-te todas as vezes que penso em beijar-te, abraçar-te ou
querer-te. Eu vou para a cama à noite e perco-te, quando desejava poder
contar-te o meu dia. E de manhã, quando acordo e encontro o vazio entre
os lençóis, eu começo a perder-te novamente desde o início</span></span></span></span></span></span>. </span></span></i><br /><span class="mrs fsm fwn fcg"><span class="fsm fwn fcg"></span><span class="fcg" id="fbPhotoSnowliftProfileOnlyAttribution"></span><span id="fbPhotoSnowliftExpiration"></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #666666;"><span id="fbPhotoSnowliftViewOnApp"></span><span id="fbPhotoSnowliftUseApp"></span></span></div>
<div class="_xlr" style="text-align: justify;">
<span style="color: #666666;"><span class="fbPhotosPhotoContext" id="fbPhotoSnowliftContext"></span><i><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption">O
tu não estares é eu não estar em mim. O tu não estares leva-me de mim.
Tens o meu pensamento contigo. Tens o meu sorriso contigo. A tua
ausência sufoca-me e enrola-me em mim. A tua falta é eu faltar em mim. É
ausentar-me daqui e estar aí. Faço-me falta aqui. Fazes-me falta em mim.</span></span></i></span></div>
<div class="_xlr" style="text-align: justify;">
<span style="color: #666666;"><i><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"> </span></span><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption">(...) </span></span></i></span></div>
<div class="_xlr" style="text-align: justify;">
<span style="color: #666666;"><i><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"><i><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption">A maioria das pessoas tem medo de estar mal. Tem aversão às lágrimas e à
dor. Não se permitem ir lá abaixo pois têm medo de lá ficar. Vivem uma
vida morna. Nem boa, nem má. Sem altos, nem baixos. Sem lágrimas, mas
também sem gargalhadas. Normal. <br /> Eu tenho medo do normal. Deixem-me
chorar sozinha. Sei que quando conseguir me vou rir. Deixem-me curtir a
minha dor, depois eu partilho as minhas alegrias.<br /> Permitam-me
quebrar. Chorar. Espernear. Gritar. </span></span></span></span></i></span></span></i><i><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"><i><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"><i><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption">Assim.
Parada. Literalmente em modo suspenso enquanto tu não vens. Com a vida
em modo de pausa. Quieta. Calada. Imperturbável. Demoras? Por favor. </span></span></span></span></span></span></i></span></span></span></span></i></span></span></i><i><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption">Um
dia, eu juro que te entendo por completo. Que te consigo ler todas as
entrelinhas. Que consigo discernir o que vai dentro das tuas ideias mais
recônditas. Hoje percebo o quão perdido nos teus pensamentos estás.
Quão ausente de ti mesmo. Quão abominavelmente chateado te encontras.</span></span></span></span></span></span></span></span></i></span></div>
<div class="_xlr" style="text-align: justify;">
<span style="color: #666666;"><i><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption">(...)</span></span></span></span></span></span></span></span></i></span></div>
<div class="_xlr" style="text-align: justify;">
<span style="color: #666666;"><i><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption">Mas </span></span></span></span></span></span></span></span></i><i><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"><i><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption">por agora... apetecia-me
acordar contigo. Assim, devagarinho e à média luz. Enquanto me tomas nos
teus braços e me dizes coisas bonitas. Enquanto me dás beijos
intervalados com sorrisos. Ficar deitada a olhar para o mar que trazes nos teus olhos, enquanto
me falas do que não sei. Fechar os olhos e quando os voltar a abrir,
ainda aqui estares. Com o pequeno-almoço. Sumo de laranja e torradas.
Com imensa manteiga, por favor.<br /> Hoje, tal como ontem, apetecia-me ter acordado contigo.</span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></i> </span></span></span></span></span></span></span></span></i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #666666;"><i><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"></span></span><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"></span></span><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption">Porque há coisas que não sei explicar. Que não quero sequer entender ou definir. Que sei que são sentidas e pronto. E o que se sente, pode estar para lá da razão, mas está sempre dentro
de nós. </span></span></i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #666666;"><i><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption">Inexplicavelmente. Indefinidamente. Infinitamente.</span></span></i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br /><div style="text-align: justify;">
<i><span style="color: #666666;"><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"><br /></span></span></span></span></span></span></span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="color: #666666;"><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"><br /> </span></span></span></span></span></span></span></span></span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="color: #666666;"><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"><br /></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="color: #666666;"><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"><span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"> </span></span> </span></span> </span></span> </span></span> </span></span></span></i> </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/06302397852065886329noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-466887067964707948.post-41212453118018408592016-06-01T13:13:00.001-07:002016-06-01T17:43:18.906-07:00<div class="separator" style="clear: both;"><br></div><div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7mcVMke4V3LssMadPnUON1BQUfjgzmyiX-dPQQqZ-zMOQax77-X0CsXKXvLptyxpeTQBSq0Ks2zAJoXO2vNY003HVg7miSk8ec__AByY7B6sKrXzgzpZWiinrwYT7cLeiq_TqTi24BZcu/s640/blogger-image-1241585076.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7mcVMke4V3LssMadPnUON1BQUfjgzmyiX-dPQQqZ-zMOQax77-X0CsXKXvLptyxpeTQBSq0Ks2zAJoXO2vNY003HVg7miSk8ec__AByY7B6sKrXzgzpZWiinrwYT7cLeiq_TqTi24BZcu/s640/blogger-image-1241585076.jpg"></a></div><div><br></div>Eu sou muito otária. Ou masoquista. Ou ambas as coisas. Sempre a tentar descobrir uma maneira diferente de me foder à grande. E o pior, ou melhor, é que consigo sempre surpreender-me. Fosse assim com tudo o resto, e seria uma mulher bem melhor. Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/06302397852065886329noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-466887067964707948.post-52229471719755677492016-05-21T06:30:00.001-07:002016-05-21T06:30:19.187-07:00i'm so lonesome i could cry<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://media.tumblr.com/4c491480dc9c29cbfaf88968c0489816/tumblr_inline_mxfeewmd4x1rshr70.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://media.tumblr.com/4c491480dc9c29cbfaf88968c0489816/tumblr_inline_mxfeewmd4x1rshr70.png" /></a></div>
<br />
<br />
<i>Começo a achar que o teu dom é apenas o da palavra. O de enganar - ludibriar com o toque, o olhar profundo, as frases feitas, as necessidades fingidas, as saudades forçadas. Foste tão forçado e não foi a me amar, foi ao me amar. Ao chegares. Ao vires para os meus braços, ao arrancares-me de onde estava. Do sossego onde vivia. E onde era feliz. Trouxeste mais cor, dizias tu, mas agora sei que preferes o preto e o branco. O cinza, quiçá. O 8 e o 80, tudo ou nada. Existir ou desaparecer por completo. E eu não sei se te acuse ou agradeça - eu nem sei distinguir se exististe ou não. </i><br />
<i>Foi como acordar de um sonho que foi realidade, bater com a cabeça propositadamente, curar uma ressaca, beliscar, abrir os olhos. Gritar e conseguir-me ouvir. Agarro num cigarro e tento bebericar do copo de vinho que trago na mão há mais de uma hora enquanto ouço os pássaros na rua. Eu hoje não quero ver o sol. Não quero calçar sapatos. Prefiro manter o cabelo desgrenhado e as olheiras vincadas. A música morre nas colunas e eu continuo encostada à parede. Para onde foste afinal? Será que eu existi? Será que sabes a falta que me fazes? Que preciso do teu abraço, do teu cheiro, do teu beijo? Será que tens noção de que me forçaste a seguir em frente? Que me empurraste, morreste, deixaste-me sozinha e eu tenho que fingir que nunca me aconteceste? Será que também te lembras das promessas que me fizeste, dos olhares que trocámos e dos abraços nos quais adormecemos?</i><br />
<i> A apatia tem-me consumido e eu não merecia isto. Não depois de tudo o que fiz por ti, por nós. Por achar que eras verdadeiro, que existias, que me querias. Que nos querias. E por pensar que por sermos tão iguais, iríamos dar certo. Mal sabia eu que, por sermos tão iguais, só poderíamos dar errado. Não se completa um puzzle com duas peças iguais. Não se encaixa. Não forma nada. Continuam a ser apenas duas peças iguais - quão romântico é - que não formam absolutamente nada. Ou ingénua fui eu, por pensar que poderíamos criar algo diferente, que nunca foi inventado, porque tu, da tua maneira de viver a vida, anseias sempre por descobertas e eu pensei que me quisesses dedilhar e explorar. A todos os níveis. Ou sou vazia ou tu não és assim tão explorador ávido por desafios. No entanto, prefiro continuar a pensar que tu és um fraco. Que desististe antes do início. Que foste cobarde o suficiente para viver o que sentias e que provavelmente enganaste-te mais a ti do que a mim. Que triste que és. E no meio disto tudo, eu continuo aqui, de cigarro na mão, a beber o meu vinho e a ouvir música. Não obstante das circunstancias, prefiro acreditar que estou melhor do que tu, para não ficar pior do que já estou.</i><br />
<i>Cansei.<br />
Acho que me cansei. Os sintomas já desapareceram completamente. O coração não dispara, as bochechas continuam com sua cor natural, as mãos não suam. Não me sinto ingénua, estou atenta. Agora, quando as tuas palavras chegarem novamente, vão encontrar respostas rápidas e secas. Não acho o teu sorriso tão lindo quanto antes. Não quero desmerecer as tuas qualidades ou cuspir no prato que comi. Aprendi muita coisa
contigo, principalmente o que não fazer. Alguém precisava gostar, amar,
decepcionar e escrever um texto.<br />
Nunca imaginei que seria eu, mas acho que me curei.<br />
Sabes qual foi o antídoto? Amor próprio.</i><br />
<i>Ninguém aguenta viver na corda bamba por muito tempo e eventualmente um de nós acabaria por cair. Caímos os dois. E mesmo com as mãos entrelaçadas, fomos embora sozinhos.</i> Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/06302397852065886329noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-466887067964707948.post-35368410657307435792016-05-18T16:22:00.005-07:002016-05-18T16:26:39.056-07:00something my soul needs<br />
<br />
<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://secure.static.tumblr.com/1759f5e18bd57426d2575cf920c41e0e/cr0xqrb/rrcnkhsm1/tumblr_static_tumblr_static_25t1804u16o00cgkkwswgcwcw_640.gif" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://secure.static.tumblr.com/1759f5e18bd57426d2575cf920c41e0e/cr0xqrb/rrcnkhsm1/tumblr_static_tumblr_static_25t1804u16o00cgkkwswgcwcw_640.gif" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i><span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><span style="font-size: xx-small;">No one can hate you more than someone who used to love you.
</span></span></i></td></tr>
</tbody></table>
<br />
<br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Hoje, não te olho mais para a cara. Tenho que te encontrar todas semanas, mas não te olho mais para a cara. E isso chegaria a atormentar-me um bocadinho, não fosse o lixo que me sinto em teu redor. Não há o que justificar, não quero ouvir a tua voz e só de pensar nisso sinto náuseas. Como é possível sentir tanta repulsa de alguém? Como é que alguém é incapaz de se sentir responsável por aquilo que cativa? Alhear-se, fingir que não existe, conseguir deitar a cabeça na almofada todas as noites sem ponta de arrependimento. De sentimento. Se eu te detestasse, a questão seria definitivamente mais simples. É a rejeição que dói. É saber que te quero odiar. Se eu pudesse, tornar-me tão igual a ti para finalmente poder ter uma boa noite de sono. </span><br />
<br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Só queria poder despir o amor de sacrifícios, para mantê-lo longe de
cobranças negativas e, consequentemente, de expectativas exageradas e
prováveis decepções. E o mais engraçado é que sei que apenas preciso resgatar o essencial desse sentimento
que é a incondicionalidade. Dar o amor sem quantificá-lo para
transformá-lo em dívida, sempre a imaginar o que virá em troca de tal esforço. É pena que teime em apostar tudo para perder, em ficar sem os pés no chão porque julgo que me seguram. No momento seguinte, já não tenho a mão de ninguém.</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">No momento seguinte, já amo. E fico com a plena noção de que não seria metade daquilo que sou sem ti. É o ódio profundo que me dá forças para continuar em frente. E só quero continuar a odiar-te para sempre, vaguearia insegura pelas ruas se não conseguisse, sem saber o que fiz de tão errado para ser incapaz. Gostava que soubesses que sei que falas de mim sempre que tens oportunidade e esse tipo de propaganda não tem preço: ainda mais quando é assim tão enfática. Eventualmente todos ficam interessados em conhecer uma pessoa assim tão igual a ti. </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Tão diferente de ti. E convenhamos, não existe maior elogio do que ser odiada pela pessoa que mais se odeia, pelos mais odiosos motivos.Acaba por funcionar como aqueles exames médicos mais graves, em que "negativo" significa o melhor resultado possível. No fundo, deverias ser grato. Eu podia estar a fazer outras coisas - a cuidar da minha própria vida, a dedicar-me mais ao trabalho, a estudar. Mas não, eu preciso gastar o meu precioso tempo a odiar-te. A tentar com todas as minhas forças, pelo menos.</span><br />
<br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Bem, e como já deves ter percebido, isto é uma carta de amor. E não lhe podia faltar as promessas:</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">eu prometo nunca fazer algo que gostes, nunca mais. Muito pelo contrário, todos os dias tento ser aquela pessoa que dizes que não querias ter na tua vida. Sem valores. Sem moral. Sem princípios. De traços errados e mente muito pouco ingénua. Eu quero que fiques ainda mais nervoso quando nos cruzarmos. Prometo não mudar, principalmente nos detalhes que tu mais detestas. E sem esquecer que preciso continuar a tentar encontrar novas maneiras de te deixar irritado. Prometo, por último que, se algum dia, numas das voltas que a vida dá, tu me deixares de odiar sem qualquer motivo aparente, não vou lutar para te dar uma segunda chance. Porque o oposto do amor não é o ódio e sim a indiferença. E eu já luto tanto para que, mesmo que não me queiras amar, me odeies, que não suportaria sequer pensar em começar do zero. Porque eu não sou daquelas pessoas que se esquece de quem gosta. De quem não gosta, principalmente.</span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Tenho pena que não me estejas a ver neste momento, inclusive, pois verias o meu sincero sorriso de agradecimento - e<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"> ficarias a odia<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">r-me</span></span> ainda mais.</span><br />
<br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Mas eu sei que tenho que te continuar a ver todas as semanas. E que vou continuar a não olhar para a tua cara. Num desejo desenfreado de criar uma ausência grande. Preciso de uma ausência. Desesperadamente. Tanto é um remédio contra o ódio como uma arma contra o amor. E eu preciso urgentemente de ficar sem um dos dois. </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
<br />
</span><br />
<br />
<br />
<br />
<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/06302397852065886329noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-466887067964707948.post-4063310753854822982016-04-16T16:23:00.001-07:002016-04-16T16:27:27.827-07:00Morning stars in your eyes.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://s1.favim.com/orig/151020/apathy-black-black-and-white-cigarette-Favim.com-3455390.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://s1.favim.com/orig/151020/apathy-black-black-and-white-cigarette-Favim.com-3455390.jpg" height="357" width="400" /></a></div>
<br />
<br />
Perdi alguma coisa que me era essencial, e que já não me é mais. Não me é
necessária, assim como se eu tivesse perdido uma terceira perna que até
então me impossibilitava de andar mas que fazia de mim um tripé
estável. Eu perdi a minha terceira perna. E voltei a ser uma pessoa que
nunca fui. Voltei a ter o que nunca tive: apenas as duas pernas. Sei que só com as duas pernas é que posso caminhar, mas a ausência inútil
da terceira faz-me falta e assusta-me, era ela que fazia de mim uma
coisa palpável por mim mesma, e sem sequer precisar de procurar.<br />
Maior que o problema de sentir que perdi a minha terceira perna, é saber que nada muda no mundo quando tu não caminhas ao meu lado, as pessoas quase
não percebem que falta metade do meu corpo e que eu não posso ser muito
simpática porque toda a minha energia está concentrada para eu não cair. Estou tão assustada que só poderei aceitar que me perdi se imaginar que alguém está a dar-me a mão. Porque para algumas pessoas, de uma forma inexplicável, o amor apaga-se. Para
outras, o amor pura e simplesmente vai embora. Mas é claro, o amor também pode
existir, mesmo que só por uma noite. No entanto, existe outra classe de
amor mais cruel.<br />
Aquele que praticamente mata as suas vítimas. Chama-se "amor não
correspondido". A maioria das histórias
de amor falam de pessoas que se apaixonam entre si. Mas o que acontece com os
demais? E as nossas histórias? Aquelas que nos apaixonamos? Em que acordamos um dia sem uma parte de nós? Sem uma perna? Parece que ainda ontem tu olhavas para mim com essa cara banal de "espera só mais um bocadinho", sempre a tentar congelar-me enquanto conferias pela centésima
vez que não havia mesmo nenhuma mulher melhor do que eu. E voltavas sempre.<br />
(...)<br />
Enfim. Agora as pessoas são interessantes só na minha imaginação. A partir do momento
que elas passam a ter vida própria, sinto vontade de jogá-las pela minha
janela. Deve-se temer mais o amor de uma mulher, do que o ódio de um homem.. E eu aprendi a amar menos, o que foi uma pena, e aprendi a ser mais cínica
com a vida, o que também foi uma pena, mas necessário. Viver para sempre
tão ingénua e perdida teria sido fatal. Descobri que tentar não ser ingénua é a nossa maior ingenuidade, descobri que ser inteira não me dá medo porque ser inteira já é ser
muito corajosa. E no meio dos meus dias atarefados e rotinas viciadas, dou por mim muitas vezes a recordar rapidamente de todas as pessoas e coisas que perdi por ainda
não estar preparada para elas, ou por ainda ter muita fome de
mundo e dificuldade em ser permanente... Recordo-me dos amigos e parentes distantes, aqueles que eu deixo sempre
para depois porque moram muito longe ou acabaram por se tornar pessoas
muito diferentes de mim, e no final, em jeito de desfecho de raciocínio, acabo por pensar “no mês que vem falo com
eles”. E se não houver mês que vem?<br />
Num só vazio cabem imensas coisas, mas nenhuma se encaixa. Todas deslizam
pelo rio de lágrimas que inundam todos os meus andares vazios. Quando eu decidir que é hora de chorar, vai ser o choro mais triste do mundo. Chorar por tudo que se perdeu, por tudo que apenas ameaçou e não chegou a
ser, pelo que perdi de mim, pelo ontem morto, pelo hoje sujo, pelo
amanhã que não existe, pelo muito que amei e não me amaram, pelo que
tentei ser correta e não foram comigo. Tenho vergonha de gritar que esta dor é
só minha, de pedir que me deixem em paz e a sós com ela, como um cão com
seu osso.<br />
(...)<br />
Comecei uma dieta, cortei a bebida e comidas pesadas e, em catorze dias, perdi duas semanas. Eu achei que quando passasse o tempo, que quando eu finalmente
te visse tão livre, tão forte e tão indiferente, que quando eu
sentisse o fim, eu achei que passaria. Não passa nunca, mas quase passa
todos os dias. Eu deixei de sentir saudades tuas e passei a sentir a tua falta.<br />
A saudade é quando tens a certeza de que
a pessoa vai voltar. A falta, é o desejo de ter de volta aquilo que à partida já sabes que
não vais ter.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/06302397852065886329noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-466887067964707948.post-51052522699138550792016-04-13T16:54:00.000-07:002016-04-13T16:54:02.349-07:00pontapé de boas-vindas,<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://secure.static.tumblr.com/7f5fd5ac37334c4608e7adc47af36625/mrdyaof/p3Bn9ywm4/tumblr_static_tumblr_static__640.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://secure.static.tumblr.com/7f5fd5ac37334c4608e7adc47af36625/mrdyaof/p3Bn9ywm4/tumblr_static_tumblr_static__640.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i><b><span style="font-size: x-small;">“Changing is what people do when they have no options left.”</span></b></i></td></tr>
</tbody></table>
<br />
<br />
Nós somos as escolhas que fazemos e aquelas que omitimos, a audácia que tivemos e
os fantasmas aos quais sacrificamos a possível alegria e até pessoas que amamos; a vida que abraçamos e a que desperdiçamos. Dá para escolher entre ser carnívoro ou vegetariano, entre fumar ou não,
entre correr na praia ou ficar um pouco mais na cama, entre jogar às cartas ou ler um livro, entre amores serenos ou paixões turbulentas. O que importa é
ter a consciência de que ficar sentado à espera que a vida escolha por
nós não é uma opção confortável como parece. Enquanto dormimos a pensar no dia de amanhã, deparamo-nos que o amanhã chega cedo demais e o tempo perdido foge-nos por entre os dedos.<br />
Sempre que houver alternativas, é melhor ter cuidado. Não optes pelo
conveniente, pelo confortável, pelo respeitável, pelo socialmente
aceitável, pelo honroso. <br />Opta pelo que faz o teu coração vibrar. Opta pelo que gostarias de fazer, apesar de todas as consequências. Porque para amar temos que estar dispostos. E antes de nos importarmos com alguém, precisamos importar-nos connosco.
Parece auto-ajuda, parece fácil, mas não é. Eu importo-me comigo. E importo-me contigo. Antes do amor ser feito de dois, ele é feito de um.<br />
É isso. A vida é feita de escolhas. E quando dás um passo à frente, inevitavelmente alguma coisa fica para trás. Porque uma pessoa imatura pensa que todas as suas escolhas geram ganhos, mas uma pessoa madura sabe que todas as escolhas tem perdas.<br />
Faças o que fizeres, não te auto-congratules demais, nem sejas rígido demais contigo. As tuas escolhas têm sempre metade das chances de dar certo, têm sempre o acaso como seu aliado. Se a felicidade depende do que decides, é da sorte a última palavra.<br />
É assim para toda a gente. <br />
O melhor é cumprir nossas escolhas e abandoná-las quando for
preciso, mexer e remexer na nossa trajectória, alegrar e sofrer,
acreditar e descrer, seja de que maneira for, tudo se justificará, tudo dará
certo. Algumas vidas até podem ser tristes, outras são desperdiçadas,
mas, num sentido mais absoluto, não existe vida errada. Somos todos culpados, se quisermos. Somos todos felizes, se deixarmos.<br />
<br />
<i>Alguns dizem que nossas vidas são definidas pela soma das nossas
escolhas. Mas não são nossas escolhas que distinguem quem somos, é o
nosso compromisso com elas.</i><br />
<br />
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/06302397852065886329noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-466887067964707948.post-90784672671113270992015-12-29T16:28:00.001-08:002015-12-29T16:51:06.221-08:00(cool kids)<br><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://static.comicvine.com/uploads/original/3/30970/4144774-tumblr_inline_mp5qmjvhd41qz4rgp.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://static.comicvine.com/uploads/original/3/30970/4144774-tumblr_inline_mp5qmjvhd41qz4rgp.jpg"></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b>00:27</b></td></tr>
</tbody></table>
<br>
<br>
<br>
<br><br>
Mas quando é para ir embora, é obrigação levar as mãos nos bolsos e a cabeça erguida. Não se olha para trás, porque olhar para trás é uma maneira de se ficar num pedaço qualquer para se partir incompleto, e acabamos por ser só metade. Só metade vai embora. Não se olha e não se fica.<br>
É incompreensível como o querer o outro possa tornar-se mais forte do que o querer a si próprio. Nem tampouco compreendo como é que o querer o outro possa parecer a saída de uma solidão fatal. Mentira. Compreendo sim. Mesmo consciente de que nasci sozinha do útero da minha progenitora e de que irei embora de vez num caixão rumo ao pó. O que nós precisamos é daquilo que acontece entretanto. Do que fica no meio. Do que vivemos sem pensar que queremos. E exigimos o eterno do perecível, que idiotas.<br>
Mas tudo isso me perturba. Eu, que pensara sempre que, de certa forma, toda a minha evolução conduzira lentamente a uma espécie de não-precisar-de-ninguém. Sempre aceitei todas as ausências e teimava em comparar-me a um álbum de retratos. Carreguei nas costas centenas de fotografias amarelecidas pelo tempo, em páginas que folheava detidamente durante as noites em que o sono teimava em me deixar só também.<br>
Acho que sou bastante forte para sair de todas as situações em que entrei, embora tenha sido suficientemente fraca para entrar. Menos pela cicatriz deixada, uma ferida antiga mede-se mais<br>
pela memória da dor que provocou e perde-se para sempre no momento em que cessa de doer, embora lateje loucamente nos dias de chuva. Fiquei tão só, aos poucos. Fui afastando as pessoas que julguei não me acrescentarem nada, e
não ficaram muitas outras. Às vezes, nos fins de semana principalmente,
tiro o telefone do gancho e escuto, para ver se não foi cortado. Não foi. É nestas circunstâncias que chegas à conclusão de que o teu único apoio será a mão estendida que, passo a passo, raciocinas com
penosa lucidez, através de cada palavra, estarás talvez a afastar para
sempre.<br>
Às vezes sinto uma vontade ridícula de voltar. Mas é uma vontade semelhante à de não ter crescido.<br>
E fico tão cansada. E digo para mim mesma que está errado, que não é assim, que não é esta a altura de ceder e que não é esta a vida. E fumo, e fico horas sem pensar absolutamente em nada.<br>Não me tomem por errónea, é preciso julgarmo-nos com o máximo de rigidez, mas não
sei se serei capaz. É que as coisas por natureza já são tão duras para mim, que julgo não ter o direito de endurecê-las ainda mais. Caímos todos na mesma ratoeira. A única diferença é que uns julgam que podem escapar, enquanto outros (inclusive eu) querem chafurdar na dor do ferro enfiado na garganta seca que só humedece com café e álcool. E fumo durante horas seguidas, para ver se as horas me acabam mais depressa. Eu não estou desesperada. Não mais do que sempre estive.<br>
Não temos
tempo: somos maduros. Onde será que isso começa?
<br>
É tão estranho carregar uma vida inteira no corpo, e ninguém suspeitar dos traumas, das quedas, dos medos, dos choros. O truque é não enlouquecer. Nem matar. Nem desistir. Pelo contrário. Se ficarmos óptimo incomodaremos mais ainda. Porque as pessoas falam coisas. E por detrás do que falam há o que sentem. E por detrás do que sentem há o que são. E o que são nem sempre se mostra. É por isso que tenho tentado aprender a ser humilde. A engolir o que a vida me enfia goela abaixo. A lamber o chão por onde passam. A fumar os meus cigarros no meu canto, a guardar as beatas nos bolsos para não sujar nada. A sentir-me desprezada que nem um cão, e tudo bem. É acordar, lavar os dentes, tomar café, acender só mais um e continuar como se não se passasse nada. De tanto fingirmos acaba por se tornar verdade. Mesmo que só para nós.<br>
<br>
<br>
<br>
<br>
<br>
<br>
<br>
<br>
<br>
<br>
<br>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/06302397852065886329noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-466887067964707948.post-28716707971539813592015-12-13T16:27:00.001-08:002015-12-13T16:27:07.631-08:00a valsa do pavão ciumento;<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://data.whicdn.com/images/59249540/large.gif" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://data.whicdn.com/images/59249540/large.gif" height="268" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Uns cosem para fora, eu coso para dentro.</i></td></tr>
</tbody></table>
<br />
<br />
<br />
<br />
É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não
posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer, porque no momento em que
tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se
transforma lentamente no que eu digo. Troco os raciocínios, salto procedimentos, tropeço no que quero pensar e falo o que nunca cheguei a querer. E é engraçado como uma das coisas mais importantes que aprendi até hoje é que se deve viver "apesar de". Apesar de,
se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer.
Inclusive muitas vezes é o próprio "apesar de" que nos empurra para
frente. Que nos força a fechar os olhos e dizer "seja o que Deus quiser". Mesmo que não queiramos. Foi o apesar de que me deu uma angústia insatisfeita criadora da minha própria vida. Foi o "apesar de" que parei na rua e olhei para ti enquanto não sabia se estava a ver bem: quiçá pensei estar ludibriada pela ansiedade. Ou pela vontade. Ou levemente alterada pela excitação de que, apesar de, poderias ser tu. E se fosses tu talvez eu não voltasse a perder tempo. E desde então que todos os dias corro da mesma maneira ao encontro do teu abraço, do teu corpo. Mas quero-te inteiro, com a
alma também. Por isso, não faz mal se não vieres, eu espero o que for preciso. <br />
Mas ontem fechei os olhos e descobri que a saudade é um pouco como a fome. Só passa quando se come a presença. O problema é que às
vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver
a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação
inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida. É o sentir-se a falta da pessoa mesmo quando ainda a temos à nossa frente. É agarrar para não deixar ir embora, porque no primeiro segundo em que nos sentimos sozinhos, desejamos voltar para um abraço. Um olhar. Um beijo. Um toque. É quando descobrimos que a saudade não mata mas mói. E demasiado. Porque eu descobri que fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que,
somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as
incompreensões é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido
carinho, pensava que amar era fácil. E no fundo eu ainda não compreendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender
é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que
sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como
falo, é um dom. Não entender, mas não como uma pessoa que não seja capaz de o fazer. Muito pelo contrário. É não se entender por opção. Por ser melhor. Porque gostamos mais assim. O bom
é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter
loucura e não ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice.
Só que de vez em quando a vontade de entender um pouco começa a inquietar-nos. <br />
É então que estragamos tudo. Equacionamos respostas que nem deveriam ser ponderadas, encenamos desfechos incrédulos, julgamos entender aquilo que um dia nos passou ao lado. E dizemos sempre que isto vai acabar, que por si mesmo não pode durar. Não, não me refiro ao fogo, refiro-me ao que se sente. O que se sente
nunca dura, o que se sente sempre acaba, e pode nunca mais voltar.
Encarniça-se então sobre o momento, come-se o fogo, e o fogo doce arde, flameja, queima. Torna-se cinzas sem razão. Antecipamos a morte do calor porque não queremos que o fogo se apague. E é então que ele se apaga.<br />
No meio disto tudo, tudo foi erro. Havia muito nevoeiro nas ruas e quanto mais olhava para saber se estava a ver bem, mais me convencia de que estava tudo errado. Que estar ali, àquela hora, era um erro. Que não era suposto sequer eu julgar ter-te visto. E quanto mais olhava, mais aspereza eu criava. Tudo só porque eu tinha prestado demasiada atenção. Porque quis dar um nome àquilo que via, ao que sentia. Só porque, de súbito, fui demasiado exigente, porque quis o que já tinha. Porque julguei ver aquilo que queria ver.<br />
Aprendi que, não se estando distraído, o telefone não toca. E é preciso saírmos de casa para que a carta chegue, para que o telefone toque. Para que aquilo que é suposto ser esperado, nos chegue inesperadamente. É preciso estarmos distraídos para prestar atenção e vermos o que realmente interessa. <br />
<br />
<br />
<br /> <br />
<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/06302397852065886329noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-466887067964707948.post-39494827157993906102015-11-24T14:52:00.001-08:002015-11-24T14:52:15.476-08:009crimes<i>Hoje carregas-me os prantos e os enganos, as malícias desaparecidas na escuridão que me cerca, o peso que eu tinha nas costas. Levas-me a luz que encandeia, as pedras nas quais tropeço, as roupas que me aquecem. Deixas-me nua de ti, ansiosa por um pouco mais. </i><br />
<i>Tiras-me o sossego e a paz, a alegria que me distrai, a saudade que teimou em ficar. </i><br />
<i>Agarras-me os abraços cansados, as palavras proferidas, as escolhas erradas.</i><br />
<i>Hoje ficas só um bocadinho para me lembrares que fiquei sem nada.</i><br />
<i>Que cada vez que me reviro na cama, procuro o teu colo para me acolher. Que ainda finjo sentir o teu cheiro pela casa. Que me tocas e me falas em surdina. Eu ainda ponho dois lugares na mesa na esperança que apareças para jantar. Deixo as luzes acesas porque acho que existe aqui mais alguém para além de mim. Mato os cigarros, um a um. Mato-me, um a um. E tu podias morrer dentro de mim, porque só essa morte me falta. Carregas-me a monotonia e a simplicidade. Levas-me o desespero e a esperança. Deixas-me a olhar para o vazio, porque é o que me resta. Tiras-me o juízo, tiras-me a loucura. Tiras-me a vontade e eu só sei desejar-te. </i><br />
<i>Levo o peito cheio de ti, e tu já nem dás por nada...</i>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/06302397852065886329noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-466887067964707948.post-1329847749131842015-11-07T06:52:00.001-08:002015-11-07T06:52:19.561-08:00little respect ,<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://mjpienaar.files.wordpress.com/2013/04/tumblr_mhzg9gat4l1r21ro5o1_1280.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://mjpienaar.files.wordpress.com/2013/04/tumblr_mhzg9gat4l1r21ro5o1_1280.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<i>Desvias o olhar como quem esconde mil segredos e em mil palavras ditas, um milhão fica por dizer. Mordes o lábio e dizes em surdina aquilo que queres, porque tens vergonha ou porque o medo te consome cada vez mais. Seria mais fácil se não tivesses esse olhar de menino maroto, se o teu cabelo não me tirasse do sério por ser tão rebelde, se as tuas bochechas não ficassem vermelhas cada vez que te encaro por mais de dois segundos. Se não tivesses um sorriso doce e se as tuas mãos não tivessem o toque de seda, quando as encostas na minha cara. Eu juro, deixava este caminho sem olhar para trás, fechava os olhos e preferia não perder tempo com assuntos acerca dos quais não possuo controle. Eu não preciso de coisas que me fogem as mãos, porque quanto mais eu as fecho para segurar, mais elas me escorregam por entre os dedos. Não se obriga uma pessoa a ficar quando aquilo que ela mais quer é ir embora. Digo-te vezes sem conta o que vi em ti e tu, teimoso, continuas a fingir que não é nada contigo, que não te afecta, que não queres, que não sabes. Que não precisas. E, de soslaio, lanças-me um olhar suplicante, como quem pede para eu insistir mais um bocadinho. Para eu te continuar a contrariar. Para eu te convencer de que precisas de mim, porque sabes que queres precisar. Só tens medo. Só queres segurança. Confiança. Saber que o caminho que estás prestes a seguir não te vai fugir debaixo dos pés. Porque já não sabes cair. Porque tens medo que ninguém te levante. Porque já te magoei e só tu sabes o quanto doeu. </i><br />
<br />
<i>Faço das tripas coração para te chegar, para te agarrar nos meus braços e para que sintas que te podes aninhar sempre quiseres. Mostro mil arrependimentos, profiro duas mil palavras e num milhão de beijos tento entregar-te o meu amor.</i><br />
<i>É só olhar para trás e ver tudo o que mudou. Ver o que se passou. Ver o que aprendemos. E continuamos a dizer que está tudo diferente, que as ruas já não nos parecem as mesmas e que os lugares que frequentámos já não significam nada. Quem mudou fomos nós. E neste caso a distância pagou-se cara. Tu, que me voltas aos braços com um sorriso diferente, o teu cabelo já não tem o mesmo aspecto e já aprendeste a controlar a tua vergonha e embaraço quando te contemplo. Mas os teus olhos ainda não aprenderam a olhar-me sem me desejar e continuo a saber que talvez e passado tanto tempo ainda me queiras. Mesmo que tentes não me querer. Mesmo que saibas que já te fiz cair uma vez e que foste obrigado a levantar-te sozinho. E principalmente, que se a vida é um eterno regresso a casa, talvez tu só queiras voltar ao sítio que já te fez feliz. Onde perdeste a inocência e onde começaste a ganhar cicatrizes. Onde te lembras de tudo o que fomos, e guardas, numa gaveta escondida no teu coração, todas as coisas boas que já proporcionámos um ao outro.</i><br />
<i>Sei que eu ainda tenho a chave, sei que a quero abrir, mas cabe-te a ti sentires o desejo de voltar a percorrer todas as memórias e cheiros e toques e risos e piadas e choros e músicas e abraços e desejos. </i><br />
<i>Continuas a tentar evitar olhar para dentro de mim, mas eu volto a insistir. E digo-te uma e outra vez porque é que te quero tanto. Porque é que ainda te quero tanto. O tempo perdeu-se mas nós não nos perdemos no tempo e a vida arranja sempre maneira de nos entregar o que é nosso. O que deveria ter sido nosso desde o início. Mesmo que não tenhamos visto o que estávamos a perder. </i><br />
<i>Mas eu quero saber... </i><br />
<i>Se o futuro não nos traísse, como é que teria sido?</i>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/06302397852065886329noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-466887067964707948.post-69900781311479923342015-10-26T14:47:00.000-07:002015-10-26T14:47:05.665-07:00trouble<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img border="0" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvRpAESyu4RNFakqOGdcuh50ZWlkGxCWkC4xsdQJhot4BB1tIqB7kW_lsNF012RgtswowgV7wr4JzlFwGMKti49AMZN7z6S30s-Bm8XkGxwjq8SiL4IBggkqXnCj8KnobWX7AcpFrGQlUK/s320/Martin+5.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="320" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Do you know<br />For you I'd bleed myself dry?</i></td></tr>
</tbody></table>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
Desengane-se quem julga que o mundo é tão utópico quanto a certeza daquilo que dizemos. Que pode ser mentira. Que pode não ser totalmente verdade. Que pode ter só uma pontinha de certeza e todo o resto de desejo e esperança de que seja mesmo assim. Na realidade, podemos ter duas coisas ao mesmo tempo e ao mesmo tempo, tê-las em separado. Se fosse simples, perderia toda a piada, certo?<br />
Ao longo da minha vida, várias foram as vezes em que me confrontei com situações dessas: o desalinho pronunciado de sensações paralelas, uma sombra ao sol. Um arco-íris, que é fruto da água e da luz. Seria ridículo focarmo-nos apenas naquilo que julgamos controlar, porque no fundo, somos nós controlados por algo que nem sabemos o que é. Que arrastamos as escolhas que achamos que fazemos em prol daquilo que achamos que devemos. É mais ou menos o que acontece quando temos a certeza de que não faremos determinada coisa e damos por nós a fazê-la com toda a vontade e convicção do mundo. Ou então é quando achamos que para nos sentirmos apaixonados, temos que amar. Sabemos que existe paixão sem amor, mas buscamos sempre uma conjugação dos dois, amor e paixão de mãos dadas, num mundo de fantasia. Não sei quem ditou que deveria ser assim, nem desde quando é que isso um protocolo a seguir, a regra e a imposição de que só sentimos aquilo que nos obrigamos a sentir e que se nos apaixonarmos por alguém, esse alguém tem que se tornar o amor da nossa vida.<br />No entanto, quantas e quantas são as pessoas que se apaixonam e não aprendem a amar. E quantas são as pessoas que amam porque nunca souberam o que é sentir-se apaixonado. Ou então, quantas são as pessoas que amam porque estão numa relação mas amariam outra se pudessem admitir a paixão que sentem. Porque acabamos por nos fechar numa casa sem porta, em que nos movemos todos os dias mas paramos sempre no mesmo sítio. À espera que esteja tudo no mesmo lugar. E se estiver, é porque é certo, é porque é correcto. É porque era assim que deveria ser.<br />
Mas... é tão bom quando resolvemos virar o nosso mundo de pernas para o ar, sentir frio na barriga e garganta seca. Arrepiarmo-nos quando sentimos o perfume da pessoa por quem estamos apaixonados. Não há nada como desarrumar o nosso mundo para que alguém nos ajude a orientarmo-nos na confusão, sem esperarmos mais nada em troca. Porque amor não se cobra. Nem tempo. Nem atenção. Muito menos presença. Se as pessoas gostarem mesmo de nós, acabam por nos dar tudo.<br />
<br />
<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/06302397852065886329noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-466887067964707948.post-33728713234979697302015-10-20T15:50:00.001-07:002015-10-20T15:52:35.518-07:00stayclose;don'tgoSabes quando acordas com a sensação de que vais viver mais do mesmo? Que já acordaste no dia de hoje, que já estiveste nesta situação. É estranho e ao mesmo tempo é a melhor coisa do mundo. É um regresso à casa da qual nunca devias ter saído.<br />
É, talvez, a segunda oportunidade que sempre pediste para poder refazer tudo. É quando olhas com mais atenção e reparas que, afinal, a porta que julgavas que estava fechada há tanto tempo, deixa passar uma luz ténue. Porque se na vida quando se fecha uma porta, abre-se uma janela, o que é que nos impede de irmos lá e abrirmos nós próprios a porta? Sabes que foi descuido teu, que não era tua intenção fechá-la mas também não a querias entreaberta, na incerteza de um regresso que poderia nunca acontecer. E não era justo para ninguém que a porta ficasse inutilizada. Mas, mais uma vez, é quando acordas com a sensação de que sabes o caminho de cor e salteado que tentas fazer tudo com um cuidado redobrado, queres abrir a porta com cuidado e fechá-la devagarinho para que ninguém dê pela tua passagem. Com a tua passagem secreta. Porque de lá já não sais e não permites que mais ninguém entre. Decides que é de vez, que é definitivo e que não há volta a dar porque não queres voltar para trás. É fácil. É só esperar que a porta não esteja trancada. É só bater três vezes devagarinho, com o nó dos dedos, e encostar o ouvido para ver se ouves uma respiração em surdina do lado de lá. É só desejar com todas as tuas forças que ainda esteja lá alguém para te receber. Mesmo que tenham passado dias desde que partiste. Meses. Anos, muitos anos. É fácil. Mas se fosse fácil... Tu não tinhas tanto medo, não é verdade?Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/06302397852065886329noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-466887067964707948.post-6019351345430648832015-10-13T15:49:00.002-07:002015-10-13T15:49:46.158-07:00key ,<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://secure.static.tumblr.com/c13eba1c19e07d1bb819d8a0e36be666/zl4hyck/07gnfh915/tumblr_static_tumblr_static_44n1zcrufk00kw48wwcssc4s0_640.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="180" src="https://secure.static.tumblr.com/c13eba1c19e07d1bb819d8a0e36be666/zl4hyck/07gnfh915/tumblr_static_tumblr_static_44n1zcrufk00kw48wwcssc4s0_640.gif" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
Eu dei-te a chave quando a porta não estava aberta, apenas há um minuto. Arranjei mil e uma maneiras de te encontrar, agarrei-me aos pedaços de tempo que me concedias e fingi que era normal, hipoteticamente. Deixaste a cama vazia e os lençóis, impregnados no teu cheiro característico, ainda roçam nas minhas pernas e solto um sorriso ou outro, como se de cócegas se tratasse. Isto sou eu a fingir. É mais fácil pensar assim, às vezes. Eu vi-te vestir a tua melhor camisa, engraxaste os sapatos que tinhas debaixo da cama a apanhar pó - pareciam sapatos de defunto, dizias tu entre gargalhadas quando te mandava aperaltar um pouco mais. Eu não precisava que fosses mais do que és, encantaste-me com as camisolas amarrotadas e as calças rasgadas nos joelhos, com as sapatilhas gastas pelo tempo e o cabelo desgrenhado de quem acabou de acordar. Mas hoje resolveste calçar aqueles sapatos. Sinceramente eu não me soube despedir porque sabia o que por aí viria. Fingi novamente. Fiz-te o café forte, e como sempre, fiquei calada. Eu dei-te a chave quando a porta não estava aberta, apenas há um minuto. Tu não a quiseste. Deixaste a chave ao meu lado, na cama, porque sabias que não precisarias dela para voltar. Já estavas num outro caminho, cujo nome desconheço. Sempre soubeste alargar os horizontes de quem tos fecha mas esqueceste-te de que os teus são os de outrem também. Era tão mais fácil se soubesses caminhar com os meus sapatos e percorresses toda a minha mente enquanto eu descanso, para que me conhecesses. Me soubesses. Me vivesses. Mas tu não. Tu crês que quando achamos que não há volta a dar, o melhor é virar em direcção contrária e voltar para onde viemos. Percorrer tudo de novo. Retroceder no futuro. Caminhar a passos longos e decididos, como se não precisasses de bagagem porque já sabes para onde voltas.<br />
Eu dei-te a chave quando a porta não estava aberta, apenas há um minuto. Esse minuto já passou demasiadas vezes e eu ando a enlouquecer com o relógio que não pára de tiquetaquear na minha cabeça incessantemente. Tu ainda não voltaste. A chave ficou esquecida ao meu lado. Por enquanto ficarei aqui para te abrir a porta, se decidires regressar.<br />
Quando eu decidir partir o relógio, jogar a chave fora, lavar os lençóis da cama, quebrar a tua chávena de café preferida, rasgar por completo as tuas calças, tu só vais ter esses sapatos engraxados com os quais foste embora.<br />
E aí talvez entendas que isso não te vai levar a lugar nenhum.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/06302397852065886329noreply@blogger.com0