Leitor

Só no fim destes dias.

No fim destes dias encontrar-te a ti, que me sorris, que me abres os teus braços e me enrolas no teu amor, que me abençoas e passas a mão na minha cara marcada, na minha cabeça confusa, que me olhas nos olhos e me permites mergulhar no fundo quente da curva do teu ombro. Mergulho no cheiro que não defino, no toque que não sei descrever. Tu que me embalas dentro dos teus braços e tu que me beijas e tu que me apertas e tu que me sossegas repetindo que está tudo bem, tudo, tudo bem.
Que te lembras de mim quando eu finjo que não estou cá, que me acalmas quando me enfureço por coisa nenhuma e que te sentes completo quando estou no teu redor.
No fim destes dias, sabendo que te encontrarei no dia seguinte, que estarás aí para mim sempre que precisar. Espera-me, tu que esperas por tantos momentos e me agarras nos teus prantos e que sossegas o teu choro em mim. Como poderia eu ser inteira, se não te consigo apenas amar pela metade? 

«mg.»

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