Leitor


"Nunca voltes ao lugar
Onde já foste feliz
Por muito que o coração diga
Não faças o que ele diz
Nunca mais voltes à casa
Onde ardeste de paixão
Só encontrarás erva rasa
Por entre as lajes do chão
Nada do que por lá vires
Será como no passado
Não queiras reacender
Um lume já apagado
São as regras da sensatez
Vais sair a dizer que desta é de vez
Por grande a tentação
Que te crie a saudade
Não mates a recordação
Que lembra a felicidade
Nunca voltes ao lugar
Onde o arco-íris se pôs
Só encontrarás a cinza
Que dá na garganta nós
São as regras da sensatez
Vais sair a dizer que desta é de vez."
Não há nada mais bonito na vida do que apaixonarmo-nos por nós próprios. Aí sim, sentimo-nos em pleno, como ninguém nunca nos irá sentir. Como tu nunca me sentiste. Por ti fui sempre metade, agora sinto-me mais que inteira.
Nós sabemos que estamos cansados de lutar quando perdemos as forças. Tentamos chegar um passo adiante mas as pernas não nos obedecem. O que não falta é vontade, o que nos falta são as forças. E não há nada mais triste que isso. Custa saber que poderíamos chegar mais longe, ter-nos mais tempo ficarmos um pouco mais. Ter-te-ia mais tempo, se pudéssemos tê-lo. Já não há tempo para nós, e forças muito menos.