Disseram-me que a nossa casa é qualquer um lugar, seja uma mansão ou um colo, é onde somos nós e nos somos.
Se todos os beijos fossem tão lânguidos como os nossos, cujos abraços permanecem fortes e sem se desmoronar, se todos dissessem palavras tão cheias quanto as nossas, saberiam.
E saberiam também que não é por contrapartidas que a química corporal se vai. Nada se vai, a maneira como suspiras no meu ouvido, como gemes de prazer a cada olhar provocante, como me tocas, agarras e me tomas como tua. É isso, tu tomas-me como tua. Fundimo-nos cheios de mãos e braços, cheios de amor e desejo e isso mais ninguém sabe descrever, tal como eu. És a casa. És a minha casa, só isso. E por seres a minha casa, vês-me como mais ninguém vê. Cada abraço quando abrimos os olhos para enfrentar mais um dia sabe-me a um mundo, és o meu mundo.
Afinal, que outro propósito poderá ter a vida senão o da oportunidade de acordar todas as manhãs contigo debaixo dos lençóis?
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