Leitor

Fechasses tu os olhos. Lembrasses tu tudo o que tens a teu lado, enquanto te esqueces do que deixas para trás.
Fechasses tu os olhos.
Fizesses tu tudo o que queres fazer, sem pensar em quês nem porquês, porque tudo o que emana perguntas deve ser respondido por nós e não pelos outros.
Parasses. Parasses tu para refletir nos teus actos que tanto magoam e alegram, que provocam. Tanto matas como amas, quem sois vós afinal?
Tu que dás, és tão igual a quem pedes. Tu que falas, és tão igual a quem ouves. Tu que choras, és tão igual a quem ri. Em cada palavra proferida existem milhões de intenções, e tu não priorizas nenhuma delas. Porquê? Responde-te. Diz-te. Fala-te. Porque não te ouves? Eu não sei o que deves fazer. Soubesse eu e não estaria aqui, a falar para as paredes. Soubesse eu e não perderia tempo a tentar ensinar-te a ver o mundo a outros olhos. Estarei eu a perder tempo? Estarás tu a roubar o meu, como quem rouba doces a crianças? Tu não vais e vens quando queres, quem decide isso sou eu. Eu é que mando na minha vida, eu é que decido quem quero quem participe nela. Eu quero-te. Quero-te feliz. Quero-te bem.
Quem sou eu afinal? Fechasses tu os olhos por um segundo e eu mostrar-te-ia tudo o que tens estado a perder.
Fechasses tu os olhos...

Sem comentários:

Enviar um comentário